Política
A SUCESSÃO MUNICIPAL EM TOBIAS BARRETO – SER TRAIDOR É UM SUCESSO
Por Nêgo Valeriano.
Nos últimos dias as esquinas, cafés e senadinhos só tratam de um assunto: Gal de Filó será o vice da chapa de Dílson? Bem, aqui vai um opinião personalíssima, sem medo das reações e muito menos do distanciamento que poderá haver por parte de alguns amigos, alguns deles queridíssimos. Paciência, danos de guerra.
Gal não merece. O histórico de ser o professor Judas Iscariotes dá pra fazer um tratado de como não se comportar politicamente.
Aí alguns, esses que adoram um cargo público, mesmo que só dure 4 anos. Relembremos:
Dezembro de 2015: em reunião na antiga casa de Dilson, 12 dos 13 vereadores juraram apoio a Gal para a sucessão que se avizinhava. Eu e outros amigos nos lançamos como possíveis companheiros de chapa. A memória está um pouco falha, mas posso destacar o nome de Marly Barreto, mais do que qualificada para acompanhar Gal na caminhada. Taí uma companheira fiel.
Gal, fiel ao seu estilo de negociar com os dois lados pegou uma almofada e sentou no muro. E tome aprazamento: “depois do fim do ano”; “depois do carnaval”; “depois da semana santa”; “depois que for encontrada a 13ª Tribo de Israel, etc”.
Aí chega o mês de março e alguns amigos me procuraram e perguntam se eu toparia encabeçar a luta. Um deles Beto de Gil, inclusive, publicou o seguinte texto:
Aí o besta aqui, tal qual um pato manco, cai em campo com alguns abnegados. Visamos ouvir os pleitos da população, fazer visitas, procurar apoios, “mostrar a cara”, etc.
Estávamos cientes de que se Gal desse uma meia-volta nem adversário teríamos, além de ser recebido com tapete vermelho.
O que se viu foi um Judas negociando até o dia fatal – 29 de junho de 2016, e , na companhia de vereadores bons de voto e lideranças idem, anunciarem apoio a Diógenes. O desânimo foi gigantesco e não percebi que aquele era o momento de pular o barco, bovinamente segui mais uns 6º dias (acho que até 26 de agosto).
O resto da campanha de 2016, ou o que restou dela, já faz parte dos manuais de como não se meter no meio de cascavéis sem uma proteção de aço. Em resumo: GAL TORNOU DIÓGENES PREFEITO.
Aí, vem a administração que Gal imaginou iria dividir o comando, e o que se vê é um pontapé de Diógenes no traseiro dele.
Chegamos a 2018 e ele – Gal, ferido nos brios apoia Dílson, que se torna deputado.
Chegamos a 2020, Gal, como que por um milagre da Virgem Maria, mantém o apoio a Dílson, que, alicerçado numa avalanche popular sai vitorioso, os nomes dos que se destacaram são muitos e seria injusto mencionar 5 ou 10. Foram centenas de partidários que deram o corpo e a almas, além do gigantesco apoio popular.
Não esqueçamos a ocupação pelos “amarelos” do Largo do Cruzeiro no sábado anterior ao pleito, coisa jamais vista nesta amada cidade e que todos devemos ao seu idealizador: LEO LEAL.
Com a vitória de Dílson para prefeito e a de Gal como vereador, eis que Gal toma conta da Câmara Municipal – com o apoio de Dílson, como se fosse um cofre particular. Parece com esses personagens da história, um Tomé de Souza de quinta categoria.
Já em 2022 duas traições: não vota em BÊTA, mesmo tendo jurado publicamente que o faria, e, na eleição estadual muda de camisa no segundo turno: abandona Fábio Mitidieri e vota em Rogério Carvalho.
Vá gostar de trair assim lá longe.
Agora, já em plena pré-campanha aparece na companhia de adversários políticos. A explicação é que teria ido comprar um reprodutor e que não é inimigo de ninguém. Papo pra boi dormir.
Piada, a pessoa não precisa, nem deve, ser inimigo pra ser adversário político. Isso aí, de estar na companhia de Júnior de Diógenes faz parte do melhor jogo de cena que ele (GAL) adora: valorizar o passe.
E não é que parece que vai dar certo? O que Dílson diz, em todo lugar, é que mesmo o governador tendo pedido outro nome (jamais o de Gal), ele marcharia na companhia do Iscariotes.
Não adianta ter pessoas que topariam: VALTER DELAINE, MARLY BARRETO, MIGUELÃO FREITAS, JÚNIOR CYSNEIROS, etc, etc. Sem esquecer o fato que César Prado foi um companheiro fiel e muito menos que Dilson já quebrou acordo (em 2012), peitando o Governador Marcelo Déda.
O interessante é que Dílson se aferra a um compromisso que a maioria dos seus partidários não sabiam da existência. Não bastaram os 4 anos de presidente da Câmara, Gal merece mais, é o que deve pensar Dilson.